MARCHA DE MULHERES NEGRAS: BEM VIVER E REPARAÇÃO
Este projeto integra a programação da II Marcha de Mulheres Negras 2025, proporcionando um espaço de produção cultural e fortalecimento da economia da cultura, articulado com a luta contra o racismo e os sistemas de opressão que afetam a vida das mulheres negras. A iniciativa busca valorizar as coletividades e suas estratégias organizacionais e culturais, promovendo ações que amplifiquem o pensamento social das mulheres negras brasileiras, suas insurgências e sua imaginação histórica radical. O projeto será conduzido por meio de oficinas, apresentações, rodas de conversa, feira cultural, espaço de formação e palco cultural, priorizando práticas colaborativas e a participação ativa das mulheres negras envolvidas na Marcha. A abordagem interseccional será central, garantindo que a diversidade das experiências seja contemplada. A II Marcha das Mulheres Negras será realizada em Brasília no dia 25 de novembro de 2025. Mas ela é fruto de articulações e de formação ao longo do ano. A Marcha não é um evento e sim um processo de organização das mulheres negras ao longo do ano de 2025 e tem como tema: Bem viver e reparação. A primeira Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver surgiu durante o Encontro Paralelo da Sociedade Civil para o Afro XXI, em 2011, e foi realizada em 18 de novembro de 2015, reunindo 100 mil mulheres negras. Dez anos depois, as mulheres negras atenderam ao chamado e realizaram a II Marcha. Como é de se esperar, a organização de uma ação política dessa magnitude envolve diferentes níveis de mobilização, desde pequenos grupos e organizações comunitárias até redes nacionais e internacionais de mulheres negras, entre outras, todas em marcha. O movimento social de mulheres negras brasileiras aponta para a organização do II Marcha das Mulheres Negras 2025, que tem como papel fundamental fortalecer as suas lutas em torno do projeto de Bem Viver, que reflete o lugar da mulher negra na sociedade e os desafios da luta contra o racismo patriarcal, visando projetar a políticas reparatórias no campo econômico, simbólico e da memória a partir do modelo de país que queremos.